terça-feira, 31 de março de 2009

Mais do Mesmo?

Disco novo do U2. Agora que baixou a bola do lançamento, falo um pouco disso. Se eu gostei? Bom, eu aprendi a falar inglês com o Bono, lá por 1986, mais ou menos. A primeira música que traduzi na minha vida foi Pride(in the name of love), sentado no chão da sala de casa com o encarte e com um dicionário de inglês no colo, escrevendo na última página do caderno, com meus Pais pensando que eu fazia lição da escola. Então, com licença, sou tarimbado pra criticar.
E o que digo é SIM, o disco é muito bom. O primeiro single, com aquela levada parecida com "Vertigo", pra plateia que gosta de pular, é uma boa música, mas não entrega o álbum. A próxima música de trabalho, Magnificent, é melhor.
Difícil comparar com Achtung Baby e Joshua Tree, os dois melhores discos e que realmente direcionaram a carreira da banda pra uma nova direção, mas algumas coisas estão marcantes nesse No Line On The Horizon.
A principal é o Bono, com a voz cada vez mais falhando, e ele sabe disso. O que torna, pra mim, o disco muito melhor, do que se ele ainda tivesse ainda a mesma voz do Rattle And Hum, por exemplo. Pois isso, obrigatoriamente, o levou a sobrepor o sentimento à técnica. A melhor referência de puro feeling do CD está em Moment Of Surrender, seguramente uma de suas interpretações mais tristes de toda a carreira.
Ele sempre foi um letrista muito acima da média, e de frases bem colocadas, daquelas que ficam, e o disco novo também não deixa a desejar nesse quesito, como na faixa-título, a citada "Moment Of Surrender", Magnificent, White As Snow e I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight.
Venderam 90.000 ingressos em 54 minutos, pro primeiro show, em Barcelona. Palco giratório 360º, no meio do estádio. América do Sul previsto pro segundo semestre de 2010.
Tudo de novo e mais do mesmo. Só que, no caso do U2, o mais do mesmo tá ótimo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Cefaleia Aguda e Barulhenta

Mike Patton+Zu Quartet - 25 de Março 2009.
Pior que não conseguir ir até o aeroporto rumo a Santiago, Chile, é ler as críticas e relatos dos fãs no dia seguinte. Dizem que foi absurdo. E ele ainda cantou um cover italiano do Adriano Celentano que costumava tocar com o Mr. Bungle.
Queria colocar videos, mas ainda não tem nenhum com qualidade bacana o suficiente pra postar.
E pensar que custaria menos que o show do Simple Plan, do Oasis e até mesmo do A-Ha aqui em São Paulo que, segundo comentários, foi uma tremenda BOSTA ( que novidade ) .
Apesar de inconformado, perdi um pouco de Música. Mas não vou desistir. A Música de verdade jamais vai acabar, queiram os organizadores de "eventos e espetáculos" ou não.
Música, já disse aqui antes, é coisa MUITO SÉRIA pra mim !!!!Ninguém canta como Mike Patton! E me provem o contrário.Ass: Um dependente físico e espiritual de Música e Cefaleia.

quarta-feira, 25 de março de 2009

♪ Que passa na América Latrina? ♪

Depois que a Merdonna, ops, Madonna, veio tocar aqui e criou toda aquela papagaiada com ingressos e tal, e o máximo que ela conseguiu no nosso país foi encontrar um Jesus cheio de luz, pra adotar como se fosse um Poodle de madame, levá-lo embora fazer programas, e torrar a grana do michê em pó aqui no meu querido Rio de Janeiro, a melhor coisa a ser feita, infelizmente, é pegar uma passagem, comprar o ingresso pelo site do evento e assistir shows FORA daqui. E, querem saber? O preço do pacote todo de um show na Argentina, por exemplo, sai pouquíssima coisa mais caro que o ingresso para um show aqui, e com algumas vantagens: lá não tem tumulto pra comprar nem pra sair do evento, e você, que como eu, adora boa comida, ainda degusta um suculento bife de chorizo antes de ir pro show, no preço de um McDonalds daqui.
Estou há 4 horas de Santiago.
Hoje tem ninguém menos que Mike Patton+Zu Quartet lá. Barulho Lindo. Abrindo show pro pop-alternativo Chris Cornell(?? hã??), em um festival que nem custaria tão caro trazer pro Brasil, já que até os "inesquecíveis" A-HA e Simple Plan (putaquipariucaraio) pousaram por aqui esse ano. Compromissos profissionais inadiáveis me impedem de ir pro aeroporto AGORA.
Qual o problema com organizadores de shows nesse lugar? Só serve gente decadente porque aí vende o show pra passar na TV depois do Zorra Total ou do BBB? E o preço dos ingressos? O cara que organiza e contrata o show aqui é mais importante que o artista, e por isso merece ganhar mais? Heim Accioly, seu arrombado? Alguém no S do Senna conseguiu ouvir o eco do show do Iron Maiden aí na semana passada, ou só quem tava no empurra-empurra de torcida organizada das primeiras fileiras?

No país da vantagem, onde Pastor tem autoridade de Deus, e acha que nem na alfândega precisa passar, dá vontade de boicotar shows que sonhamos ver a vida toda, mas que possa surtir o efeito necessário nessa corja de filhos da puta que NÃO ENTENDEM PORRA NENHUMA de música, tampouco a importância da mesma, e acham que podem cobrar do trabalhador um salário mínimo por duas horas, sem sequer servir um cafezinho enquanto o cara espera ansiosamente na cadeirinha confortável um show que, pela "excelente" preparação dos organizadores, vai começar com 1hr e 40min de atraso, no mínimo.
E sou brindado pela notícia de que no repertório do show de hoje, o Patton vai cantar LLORANDO, do Roy Orbinson. Pra quem não sabe é aquela música assustadora, de tão triste, do filme Cidade Dos Sonhos, do gênio David Lynch. Pronto! A gota d'água pra minha enxaqueca. É hora de bater Dipirona com RedBull, Vick Vaporub e Neston no liquidificador.

E os conformados que fiquem com o Róquenrrôu arco-íris do Simple Plan, e o lamento premeditado do Radiohead. Pela simples bagatela de um salário mínimo. Tá fácil.

domingo, 22 de março de 2009

Soul Music

Ela sabe como te envolver. Vicia. Café fresco numa manhã de sábado. Agradável.
Ela consegue centralizar as atenções. Todo o ambiente gira em torno dela. Carisma. Pode ser muito pra muita gente.

Pro Al Green ela é uma prece.
Pro Stevie Wonder, os olhos.
Pro Marvin Gaye, sexo.
Pro Smokey Robinson ela é o amor.



O que sei é que ela te absorve, coloca palavras na sua boca e isso te faz bem. Te ensina.
Ela alimenta sua alma. E atravessa gerações no topo. Ela é a Música. R&B.
SOUL MUSIC.

quarta-feira, 18 de março de 2009

♪ Controlar as Finanças ♪

Muita discussão com amigos de longa data sobre a reunião do Faith No More.
Sim, claro que foi por grana. Com crise mundial e Empresas gigantescas demitindo funcionários às pencas, já viu americano recusar dinheiro? Claro que eu preferia que ficassem com o mito intacto. QUERO IR NO SHOW, óbvio, e já expliquei os motivos em posts anteriores, mas não queria que voltassem, de verdade. Coisa de fã, sabe? E o Patton nunca parou de fazer música que preste, pra mim. É o cantor mais talentoso dos últimos 40 anos, mesmo. Mas ele não tá milionário. E vai pro palco.
Já o Sting acordou um dia e pensou: "Não tenho o que fazer, vou fazer vinho, mas como isso demora , vou reconquistar o mundo da música ao vivo com o The Police." Bom, foi a banda que mais lucrou em 2007 no mundo, segundo a Forbes. Ele pensou nisso? Sim, pensou, pois qualquer trabalhador pensaria, até um artista sério pensa em grana. Mas ele sempre disse que não precisava mais de dinheiro, e que o The Police seria apenas nostalgia. E daí? Lucro certo. Banda Grande, músicos de qualidade superior ao que existe por aí. Tudo dentro do normal.
Eu, honestamente, com o que tem nas rádios hoje em dia, prefiro que eles voltem, mesmo. E que o dinheiro vá pro Sting, pro Bono, pro Springsteen, principalmente pro Patton, ao invés de parar nos bolsos do Pete "mete essa agulha com força"Doherty, pros ( morte aos) Gallagher, ou pra essa desgraça desse Coldplay, do vocalista com voz de peido de velho.Eu também quero ganhar grana, com música então, nem se fale. Mas que ninguém venda a alma e o rabo pra ver sua marca estampada numa lancheira, num porta-lápis, no catálogo da Avon e até num dildo, tipo o Kiss e o Star Wars.

Puta Dor de cabeça.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Vinil, K7, CD, e até em Mp3.

Acerte a agulha no ponto.
Ou aperte o "PLAY".
Respire fundo.
Feche os olhos.
É o disco da sua vida? Você já deveria estar acostumado.
Não. Se realmente for o disco da sua vida, ele vai surtir o mesmo efeito que sempre causou na sua alma. Um arrepio, uma massagem.
Tenho voltado pra discos importantes na minha vida musical.
A melhor das melodias é aquela que nunca acaba dentro da sua cabeça.
Música, pra mim, é coisa muito séria.
Acertei a agulha.
Apertei o PLAY.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Depois de algum tempo...

Quando fiz meu primeiro post disse que a frequencia aqui seria determinada por mim e pronto. No meu penúltimo post, disse que seria o último antes dos 34 anos. Menti. Coloquei outro no dia seguinte, porque tive vontade e um aumento considerável da minha necessidade Musical.
Muito aconteceu no mundo desde então, e o ideal seria eu postar sobre cada um dos temas: disco novo do U2 e o Bono cada vez mais sem voz (o que deixa a banda melhor ainda); o Padre faz-me-rir de Pernambuco ( mas quem desse nicho comercial não me faz rir?); aquela IMBECIL daquela brasileira na Suiça, o Santos matou o São Paulo (genial, é como se o plebeu ganhasse do filho do Rei o direito a pegar a prometida presa no calabouço do Castelo), e a volta do FAITH NO MORE.
Ah, e o Kouve, o Prado, meu irmão e guitarrista pop-bizarro favorito lançou um blog com todos os seus projetos musicais. Vale conferir. Na minha lista de favoritos ao lado.
Hã?Como assim? Esperem. Preciso de uma pausa pra tomar mais um café. FAITH NO MORE 2009??? Enfim Mike Patton foi convencido de fazer alguns shows ( que até em versão karaokê é melhor que qualquer banda que tenha surgido depois deles) pela Europa. Vou ouvir Just A Man, Caffeine e King For A Day ao vivo no século XXI, com o Patton cantando infinitamente melhor do que já cantava??? Ufa ! Ouvi uma vez que depois de uma desgraça atrás da outra vem a redenção. Chegou a hora da música ser salva. Não podia ser diferente.
Quero a Música de volta pro lugar de onde ela jamais deveria ter saído: o Topo. Combustível pra minha alma.