quarta-feira, 25 de março de 2009

♪ Que passa na América Latrina? ♪

Depois que a Merdonna, ops, Madonna, veio tocar aqui e criou toda aquela papagaiada com ingressos e tal, e o máximo que ela conseguiu no nosso país foi encontrar um Jesus cheio de luz, pra adotar como se fosse um Poodle de madame, levá-lo embora fazer programas, e torrar a grana do michê em pó aqui no meu querido Rio de Janeiro, a melhor coisa a ser feita, infelizmente, é pegar uma passagem, comprar o ingresso pelo site do evento e assistir shows FORA daqui. E, querem saber? O preço do pacote todo de um show na Argentina, por exemplo, sai pouquíssima coisa mais caro que o ingresso para um show aqui, e com algumas vantagens: lá não tem tumulto pra comprar nem pra sair do evento, e você, que como eu, adora boa comida, ainda degusta um suculento bife de chorizo antes de ir pro show, no preço de um McDonalds daqui.
Estou há 4 horas de Santiago.
Hoje tem ninguém menos que Mike Patton+Zu Quartet lá. Barulho Lindo. Abrindo show pro pop-alternativo Chris Cornell(?? hã??), em um festival que nem custaria tão caro trazer pro Brasil, já que até os "inesquecíveis" A-HA e Simple Plan (putaquipariucaraio) pousaram por aqui esse ano. Compromissos profissionais inadiáveis me impedem de ir pro aeroporto AGORA.
Qual o problema com organizadores de shows nesse lugar? Só serve gente decadente porque aí vende o show pra passar na TV depois do Zorra Total ou do BBB? E o preço dos ingressos? O cara que organiza e contrata o show aqui é mais importante que o artista, e por isso merece ganhar mais? Heim Accioly, seu arrombado? Alguém no S do Senna conseguiu ouvir o eco do show do Iron Maiden aí na semana passada, ou só quem tava no empurra-empurra de torcida organizada das primeiras fileiras?

No país da vantagem, onde Pastor tem autoridade de Deus, e acha que nem na alfândega precisa passar, dá vontade de boicotar shows que sonhamos ver a vida toda, mas que possa surtir o efeito necessário nessa corja de filhos da puta que NÃO ENTENDEM PORRA NENHUMA de música, tampouco a importância da mesma, e acham que podem cobrar do trabalhador um salário mínimo por duas horas, sem sequer servir um cafezinho enquanto o cara espera ansiosamente na cadeirinha confortável um show que, pela "excelente" preparação dos organizadores, vai começar com 1hr e 40min de atraso, no mínimo.
E sou brindado pela notícia de que no repertório do show de hoje, o Patton vai cantar LLORANDO, do Roy Orbinson. Pra quem não sabe é aquela música assustadora, de tão triste, do filme Cidade Dos Sonhos, do gênio David Lynch. Pronto! A gota d'água pra minha enxaqueca. É hora de bater Dipirona com RedBull, Vick Vaporub e Neston no liquidificador.

E os conformados que fiquem com o Róquenrrôu arco-íris do Simple Plan, e o lamento premeditado do Radiohead. Pela simples bagatela de um salário mínimo. Tá fácil.

Um comentário:

Anônimo disse...

KRINTON!!!
Você se superou!!

A Tua Fúria é a minha e te digo que já boicotei os shows há muito tempo, para ser mais exato,desde os anos 90.
Foda-se esses filhos da puta que SÓ querem arrumar dinheiro, dando um pé no rabo da arte e do fã.

CONCORDO COM TUDO QUE DISSE e digo mais temos que boicotar mesmos e assim quem sabe um dia, viramos o jogo!!!

MARCELO SMITH