quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Domingo no Parque...

...ou na Chácara. De novo.Bom, só STING pra me levar de volta praquele lugar longe, e pra porra de um pré-show cheio de gente boazinha. Quem precisa de comida orgânica? Ok, não sou obrigado a comer, e não recrimino quem come, mas se a cerveja for sem álcool aí sim o "politicamente correto(odeio esse termo)" vai pras picas. Festivalzinho com 90% de músicos com nada a dizer (salvo o Lenine, um cara muito honesto que tem meu respeito). Mas aí a produção apela e traz pra São Paulo o gênio dos gênios, depois de 15 anos. A última vez que ele tocou aqui na minha cidade foi em março de 1994, no Olympia. Coincidentemente era com essa mesma banda, com o único baterista de sua carreira solo que faz frente ao Stewart Copeland, VINNIE COLAIUTA. Mais o fiel escudeiro DOMINIC MILLER na guitarra, e o DAVID SANCIOUS nos teclados.Já avisou que o show vai ser pesado, passando pelos altos de sua carreira. A Música da minha vida pra fechar o ano de shows aqui no Brasil em alto estilo. OK!
Essa do vídeo não vai ter, é do disco de inverno que segundo o próprio disse, impossível de se imaginar tocando num lugar quente como o Brasil. SOUL CAKE. Bela canção.
E pra completar ele vai passar a semana descansando com a patroa aqui em SP. Antes mesmo de chegar, volte sempre. E bem que eu podia escolher o setlist... When We Dance estaria no repertório, assim como All Four Seasons e You Still Touch Me. É quando eu e a Música somos um.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Saia Vermelha e o Ópio.

Já falei aqui de Igreja, Polícia, Emo, do lixo do Paulo Coelho, do Ozzy catatônico Roberto Justus e outras tranqueiras, mas há tempos eu amadurecia a ideia de dissertar sobre o ensino nesse país. Eu aprendi a ler/escrever com 4, 5 anos de idade SOZINHO. Sem nunca ter entrado numa escola, nunca soube o que era isso, e lembro do meu desesperador primeiro dia de aula até hoje, vendo crianças aprendendo o que eu já sabia, de uma mulher lá na frente que eu não fazia a mais puta ideia de quem era. Eu nunca soube o que é pré-primário, berçário, Jardim 1, 2, 3, 148, o que quer que seja. Meu contato com "educadores" foi em casa com minha Mãe, que não é professora, vale ressaltar. Não tive turminha de prezinho, essas coisas que transformam crianças em imbecis desde cedo, se você não escolhe a Instituição e as pessoas certas a quem vai confiar seu filho.
Mas também não vim aqui pra me gabar de ser autodidata, porque isso só me ajudou a desenvolver senso crítico e me dar muito mais discernimento que os comuns, mas também não me permitiu a ter paciência com professores ( fiquei amigo pessoal de muitos deles), diretores, ou qualquer outro que se ache autoridade de ensino e segue regras.
A UNIBAN só trouxe à tona o que eu sempre soube mesmo sem frequentar: que o ensino superior aqui é uma bosta, que 95% dos universitários são, na verdade, universOtários, que sequer sabem falar/ler/escrever no próprio idioma e que mais da metade dos diretores, reitores e professores são pessoas despreparadas para seus cargos.
Não, eu não tenho a tendência a defender absolutamente NINGUÉM, NUNCA! Muito pelo contrário, então também não defenderei a "virgem do vestido vermelho".

São apenas pontos que quero ressaltar:
1- O vestido que a feinha usou pra ir pra aula vê-se aqui na Av. Paulista às pencas. Fica claro apenas o tremendo mal gosto dessas imbecis usuárias de cabresto; mas a Geyse conseguiu o que ela queria, e já chego lá.
2- Cidadão(?!?!) nenhum(neste caso, os alunos) tem o direito de chamar a mina de vagabunda, por um simples motivo explícito: cuidem do PRÓPRIO RABO e deixem que cada um viva sua vida, cambada de tumor maligno.
3- Se for verdade que a mina pediu ajuda aos professores e esses também passaram a insultá-la, mostra que educadores são tão perigosos pra sociedade quanto a polícia, porque supostamente você deveria confiar nesses "profissionais".

A Geyse tava certa? Tirando o figurino de gosto duvidoso, se bem que pouca coisa esteticamente a ajudaria, eu não sei, não é da minha conta porque não sou eu quem a sustenta. Os alunos estavam certos? Nem preciso responder. E a atitude de expulsar e depois aceitar de volta uma aluna que foi pra aula com a intenção de provocar meia dúzia de corinthianos(porque são paulino presta mais atenção em sunga) chegou ao extremo do ridículo.
Quem nunca foi pra aula mais preocupado se vai conseguir dar um pega num representante do sexo oposto(ou não), e pra isso usa dos artifícios e da inteligência(nesse caso, a falta de) que tem?Intolerância, burrice, preconceito e demagogia. Belo pacote pra uma instituição destinada a dar às pessoas um "CURSO SUPERIOR".
Mídia é o ópio do brasileiro, e a virgem do vestido vermelho conseguiu, os alunos semi-analfabetos que estão frequentando os debates na TV conversando em português presidencial também. E o reitor idem.

Entendam uma coisa: quando dizem que educação vem de berço, acreditem. Porque acaba aí. Daí pra frente nada, absolutamente nada vai mudar. Não deixe a escola atrapalhar o seu desenvolvimento.

Vou tomar Lisador com café batido no liquidificador, porque a enxaqueca virou caxumba, desceu pro saco!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Epopeia

Por Agent Dale Cooper, enviado especialmente para o evento, de Twin Peaks.

Diane, a saga começa no sábado, 15:30. Próximo de ver a banda ao vivo das bandas ao vivo. É a sétima vez que vou ver um show do Patton. E ainda acho pouco.
Chego na Paulista pra encontrar o Xerife Truman, mas sou localizado pelo legendário Alê Senda, acompanhado do Pig e esposa Patricia!
Após o Kouve Truman Neutrox também aparecer, é hora de descobrir o caminho praquele lugar longe do cacete.

Alê saca um papel amassado com um garrancho que só eu, um especialista, consigo entender. Traduzo o pergaminho, batizado de Google Maps pelo Kouve, e entramos na lata de sardinha que chamam de transporte público aqui nessa cidade.
Chácara do Jóquei. Entendi o nome. Chácara significa ser longe da civilização, e jóquei, porque você pasta até chegar no seu destino.
Eu e o Alê fomos pra Area VIP, e combinamos de encontrar os outros 3 depois do show.
O Janes Addiction já estava tocando e estava uma BOSTA. Não me surpreendi.

Diane, às 21:30 quando estenderiam a cortina do Black Lodge, veio a chuva, e não estenderam. Sem cenário.
21:50 as luzes apagam e a partir daí:

Reunited - Patton de bengala, guarda-chuvas e o terno vermelho, do Little Man From Another Place. ( sim, eles nunca revelaram, mas as referências a Twin Peaks são evidentes) Dueto Patton/Roddy afiadíssimo, plateia já hipnotizada.
From Out of Nowhere-1988. O começo da mudança da vida de muita gente. Inclusive da minha.
Be Agressive - Caffeine - Ahhh, e minha voz começa a gastar. Uma das minhas favoritas. E Patton começa a mandar suas letras quase surreais e inesquecíveis.
Evidence (em portugues) - "Eu, seco; Vocês, molhados! Essa música é para Zé do Caixão!" . tem o português mais fluente que muito brasileiro conhecido...
Surprise! You’re Dead - Berreiro! Metal! Pra alegria do Kouve From Hell.
Last Cup of Sorrow.
Ricochet- ESPETACULAR. e mais de suas letras únicas: "Think About You Crackin' a Smile, Think About You All The While..."
Seguem Easy - Epic - Midlife Crisis - Caralho Voador - The Gentle Art of Making Enemies - King for a Day(ESPETACULAR) - Ashes to Ashes, e Patton anuncia que será talvez a última música deles no Brazil, antes da versão estrondosa de Just a Man: uma das 5 músicas da minha vida, sempre foi. Do Alê Senda também, e a cada musica que tocavam, comemorávamos os dois como se fosse gol do time em final de campeonato. Chorei. Foda-se!
Voltam pro bis: Carruagens de Fogo: dedicada pro Palmeiras pelo Billy e pelo Patton. emendada na Stripsearch.
Scarface/We Care a Lot - a segunda volta ao palco e a chuva rolando e todo mundo alucinado. This guy is in love with you - Pronto, tocar Burt Bacharach é apelar. Voltamos aos ensaios do Furunculo quando o eu e o Japa começávamos essa melodia. Ah, a Música que nunca sai da minha cabeça ...
Digging the Grave- Pra fechar com chave de ouro. E + cenas vinham à mente, e a principal foi quando o Kouve chegou no colégio com o single, bem antes de lançar o King For a Day, e nós mandamos a aula pra putaquipariu(novidade) e sumimos pra minha casa pra ouvir até amanhecer o dia.

"Obrigado, Paulistas. Beijo. Ciao". Com sotaque carioca, e bochechudo, parecendo até que é filho do Jaime Geronimo, ele se despede de vez, e poucas vezes na vida vi uma plateia, mesmo sabendo que o show acabou, não sair de lá e começar a vaiar porque não teve o QUINTO retorno ao palco.

Diane, a volta pra casa foi longa, mas bem mais tranquila do que a chegada. E ficou muito claro que, como disse no começo do ano nesse mesmo blog, até versão karaoke deles é melhor que qualquer outra banda contemporânea. Mas eram eles: Patton, Billy, Roddy, Puffy e o Jon. Pra deixar a certeza de que ninguém canta como Mike Patton, e dificilmente cantarão. E prefiro dar o tchau aqui com uma frase repetida por ele durante todo o show, e que fez a plateia cantar em coro pra convencê-lo a voltar para o bis: PORRA! CARALHO!
Sinceramente,
Ag. Cooper.