Abro o Media Player aqui no escritório com 15% da minha coleção ripada pra poder ouvir enquanto trabalho.
Costumo selecionar um artista, e ouvir um disco específico do começo ao fim. Escolho outro, e faço a mesma coisa. Talvez essa seja a melhor forma de se conhecer música. Da primeira a última canção do cd você percebe se o compositor tem um conhecimento mais aprofundado de música, e quais são suas influências. Obviamente só coloco coisas que gosto no trabalho, mesmo já tendo citado aqui que o que odeio me diverte muito, e uma vez enxaKêco, você sempre sentirá algum tipo de prazer mórbido na irritação, no mau-humor, e acho que é isso que me tornou uma pessoa sarcástica e sem dó de ninguém, musicalmente falando ( que é o que me interessa) .
Ultimamente algumas coisas mudaram. Quando abro o programa, vou direto selecionar o "shuffle" e clico depois no "All Music". Às vezes o Mike Patton inicia a "cerimônia", com Don't Even Trip" ( que letra), abrindo as portas para o Gnarls Barkley amaldiçoar o vizinho em "Neighbor", passando por Genghis Tron, Painkiller, TOOL, pelo xodó da lista New Model Army, pelo absolutamente espetacular Young Gods, as musas Diamanda Galás, Corinne, Fiona e Sade, a dupla David Bowie/Reeves Gabrels debulhando "Seven Years In Tibet", o pornográfico e maravilhoso LOVAGE , até chegar no Bono e seu U2 sofrendo com "Hawkmoon 269", e fechando com a tristeza de "Dead Man's Rope", do Gordon Sumner. É minha forma alternativa de estudo: a randômica.
Finjo que trabalho, mas na verdade, estou prestando atenção se o Danny Elfman se inspirou no próprio Oingo Boingo pra compor o tema do Willy Wonka. Aprender de surpresa. Sempre se aprende com surpresas. Quero novidades. Quero música.