quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Randômico

Abro o Media Player aqui no escritório com 15% da minha coleção ripada pra poder ouvir enquanto trabalho.
Costumo selecionar um artista, e ouvir um disco específico do começo ao fim. Escolho outro, e faço a mesma coisa. Talvez essa seja a melhor forma de se conhecer música. Da primeira a última canção do cd você percebe se o compositor tem um conhecimento mais aprofundado de música, e quais são suas influências. Obviamente só coloco coisas que gosto no trabalho, mesmo já tendo citado aqui que o que odeio me diverte muito, e uma vez enxaKêco, você sempre sentirá algum tipo de prazer mórbido na irritação, no mau-humor, e acho que é isso que me tornou uma pessoa sarcástica e sem dó de ninguém, musicalmente falando ( que é o que me interessa) .

Ultimamente algumas coisas mudaram. Quando abro o programa, vou direto selecionar o "shuffle" e clico depois no "All Music". Às vezes o Mike Patton inicia a "cerimônia", com Don't Even Trip" ( que letra), abrindo as portas para o Gnarls Barkley amaldiçoar o vizinho em "Neighbor", passando por Genghis Tron, Painkiller, TOOL, pelo xodó da lista New Model Army, pelo absolutamente espetacular Young Gods, as musas Diamanda Galás, Corinne, Fiona e Sade, a dupla David Bowie/Reeves Gabrels debulhando "Seven Years In Tibet", o pornográfico e maravilhoso LOVAGE , até chegar no Bono e seu U2 sofrendo com "Hawkmoon 269", e fechando com a tristeza de "Dead Man's Rope", do Gordon Sumner. É minha forma alternativa de estudo: a randômica.


















Finjo que trabalho, mas na verdade, estou prestando atenção se o Danny Elfman se inspirou no próprio Oingo Boingo pra compor o tema do Willy Wonka. Aprender de surpresa. Sempre se aprende com surpresas. Quero novidades. Quero música.

4 comentários:

Anônimo disse...

Krinton!
Um especialista, é um especialista. Quem gosta de música, vai entender o que vou escrever.
Gostar de boa música é igual a degustar um bom vinho. Sem saborear e sentir a "alma" do que está ouvindo, é melhor ouvir Axé, funk carioca, sertanejo comercial, forró universitário, calipso e outras merdas “comerciais” brasileiras.

Value!!!

MARCELO SMITH – RESISTIR É PRECISO!

Priscila Salvati disse...

hahahahah..."finjo que trabalho", essa afirmação eu confirmo!
Mas falando de música, que é o que interessa, acredito que o gosto pela música tem uma forte ligação com o nível cultural das pessoas. Normalmente as pessoas só repetem a letra da música, mas sem entender realmente a mensagem nela inserida.
Infelizmente hoje no Brasil, o que faz sucesso, são músicas que para mim, não tem o mínimo valor cultural, se a Ivete Sangalo dependesse de mim para ficar rica, certamente ela iria passar fome!

Abraços!!

Flávia Fabri Cesário disse...

Adorei o comentario da Pri! rsrsrs
Concordo do inicio do fim...rs!
Eu tambem adoro trabalhar ouvindo musica. Ultimamente, tenho ouvido muito Faith no More, Red Hot, Duran Duran e Pearl Jam (isso nao eh novidade..rs...
Beijos!

J. Chevitarese disse...

Eu também finjo que estudo, mas fico me focando na música. Com uma boa coleção de CDs eu ignoro tudo ao redor.

Abraços

OBS: O que achou da On The Road. Ignore o cara cantando e a letra, eu gostei do resto (se bem que aquele maldito timbre da flauta acabou ficando ruim).