quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Arte imitou a Vida

O Mickey Rourke foi um dos maiores galãs de Hollywood nos anos 80. Eu lembro do "9 1/2 Semanas de Amor", lembro do "Coração Satânico" (óbvio), do "Orquídea Selvagem" ...
E também de quando surgiu a história de que ele tinha virado lutador de boxe e já tinha perdido até os dentes. Lembro que ele sumiu. E aí ele aparece deformado no Sin City, mas era um gibi levado pra tela, não conta porque o cara tá maquiado pra parecer uma personagem e tal.
Ontem saí do escritório e, no caminho pra casa, resolvi parar na locadora e levar alguma coisa, já que o futebol não prometia e o programa do Costello também não estaria lá essas coisas. Aluguei "O Lutador", que eu já queria ter visto no cinema e não consegui. Globo de Ouro de melhor ator e melhor música. No discurso, o deformado (sim, é esse o termo) Rourke agradeceu a aposta do diretor nele, ao Bruce Springsteen por ter feito a música perfeita pro filme, e aos seus cachorros, "porque quando um homem está no chão, só seus cachorros se mantém por perto".
O filme conta a história de Randy "RAM", um Lutador de Telecat, 20 anos depois do seu auge, vivendo de bicos e algumas lutas em locais decadentes, pra poder pagar o aluguel atrasado de seu trailer, e ao mesmo tempo em que é apaixonado por uma stripper que se recusa a ter qualquer tipo de contato com clientes ( Marisa Tomei, espetacular como sempre), ainda tenta reconquistar a confiança da filha (Evan Rachel Wood), e ainda terá a revanche de sua mais memorável luta. Eu, que dificilmente bebo durante a semana, ainda mais sozinho, tive que abrir uma cervaja enquanto tocava a canção do The Boss durante os créditos.

O Rourke, na vida real, também 20 anos depois, está de volta e pra ficar na história, dessa vez não no papel de galã, mas de um ator que mostrou que, mesmo fora do "businness" todo esse tempo, continua muito mais intenso e completo do que zilionários e sem tempero "Tom Cruises" da vida.

Nenhum comentário: